Formando profissionais competentes e responsáveis, a estatística está presente em quase todas as áreas: ciência, tecnologia, medicina, ecologia, educação, sociologia, finanças, política, etc.
Tem sido crescente a percepção de que um estudo estatístico bem planejado e uma correta interpretação dos dados coletados são passos fundamentais para a tomada de decisões em diversos setores da sociedade. Por exemplo, um estudo bem feito na área da saúde ou da educação pode promover políticas públicas preventivas, levando a uma melhor distribuição dos recursos disponíveis no setor. O dono de um estabelecimento, após um estudo de mercado, pode definir o tipo de produto ou de propaganda mais adequado ao seu público-alvo. Uma teoria científica ou um novo tratamento para uma determinada doença podem ser testados mediante técnicas estatísticas.
Formar profissionais conscientes e aptos a desempenhar estas atividades é um dos objetivos do bacharelado em Estatística da Unicamp. Apoiado no tripé teoriametodologia- aplicações, o currículo visa a desenvolver o senso crítico e o raciocínio estatístico do aluno, em aulas teóricas, práticas e de laboratório.
No primeiro ano, o currículo enfatiza disciplinas de matemática, como cálculo e álgebra. Os fundamentos da área são estudados a partir do segundo semestre, em teoria de probabilidade e inferência estatística. Tais disciplinas fornecem a base teórica para aplicações em técnicas de ajuste de modelos estatísticos, métodos computacionais, bioestatística, controle de qualidade, planejamento de experimentos, entre outras. Ao longo do curso, o aluno é exposto a situações reais, como análise de dados científicos, pesquisas de mercado e de opinião, metodologias de processos industriais, etc. Esta exposição é, em geral, concretizada por estágios dentro e fora da Universidade, escolhidos pelo aluno e supervisionados por um docente.
Base matemática
Muitos problemas em estatística podem ser descritos como problemas de otimização: Como obter a maior informação ao menor custo possível? Qual é a previsão com menor erro? Qual é a melhor decisão a ser tomada? Qualquer resposta a estas questões passa necessariamente por uma formulação matemática.
As áreas de genética e bioinformática têm-se desenvolvido extraordinariamente nas últimas décadas. Os modelos probabilísticos permitem diagnosticar possíveis doenças, identificar características, detectar mutações, descrever a evolução de espécies extintas ou não. A probabilidade também mantém um histórico diálogo com a física ao construir modelos que descrevem movimento/comportamento de partículas, leis da física quântica e questões filosóficas relacionadas.
A teoria estatística não é uma área pronta; está em contínuo desenvolvimento e autoquestionamento. A pesquisa científica em estatística e probabilidade é desenvolvida, no Brasil, basicamente dentro das universidades, muitas vezes estimulada pelo contato com problemas reais ou por discussões em aula entre docentes e alunos. Tal pesquisa oferece oportunidade, aos alunos que desejem participar, de obtenção de bolsas de Iniciação Científica e de prosseguimento dos estudos em cursos de mestrado e doutorado no Brasil ou no exterior.
Mercado de trabalho
As atividades de um profissional em Estatística são regulamentadas pela Lei Federal 4.739, de 1965, e pelo Decreto 62.497, de 1968, e o campo de trabalho é vasto.
Algumas das áreas de atuação do estatístico são: controle de qualidade, modelagem de crédito e risco, pesquisa e desenvolvimento em indústrias farmacêuticas, ensaios clínicos, pesquisas de opinião, pesquisas de mercado e marketing, pesquisa acadêmica.